Amigos, desde o início das postagens sempre procurei deixar claro que este Blog é um pequeno projeto construído não por duas ou quatro mãos, mas por muitas mãos. E cada vez que tenho a oportunidade de postar um texto, uma viagem, uma novidade ou simples degustação realizada por um amigo, eu vejo que mais um tijolo foi assentado.
Dessa vez vamos relatar a experiência de viagem do confrade do Rio Grande do Sul, Jair Labres, durante sua recente passagem pela Itália. Serão cerca de 3 a 4 Posts e este é a primeiro deles. Boa leitura!
Fiquei completamente encantado com visitas feitas em vinícolas italianas durante minha última viagem à Bota, sendo assim, gostaria de dividir com vocês os motivos pelos quais aumentei minha paixão pelo vinho.
Tinha, antes da viagem, três questões básicas que pretendia responder:
– Como é o processo de elaboração do vinho em produtores tradicionais que comercializam continuadamente com preços na Itália acima de 150 euros. Desde o plantio até armazenamento.
– Qual é o nível de abertura que proporcionariam em seus processos? Conseguiria ver e debater em todas as etapas?
– Tentar visitar dois produtores em Chianti indicados pelos próprios italianos, perguntando-os diretamente: Quais vinhos vocês tomam em casa com suas famílias?
Preciso antes passar alguns conceitos e premissas que utilizo em visitas para “tour” e degustação:
- Com base na minha atividade empresarial vejo as vinícolas também como um negócio, ou seja, empresas sujeitas as oscilações de mercado, clima etc. e que precisam ganhar dinheiro para sobrevivência ou crescimento.
- Sou apaixonado pelo vinho, com conhecimento técnico limitado e aprendido com confrades em degustações.
Escolhi o outono para viagem pela exuberância das paisagens. Temperaturas médias (segunda quinzena de novembro) entre 9 e 15 oC na Toscana e entre 3 e 10 oC no Veneto e Piemonte.
Agendei as visitas diretamente por email na Ornellaia no Bolgheri (80 euros por pessoa) e Guiuseppe Quintarelli na Valpolicella (25 euros por pessoa).
As duas visitas acabaram sendo exclusivas e foram simplesmente maravilhosas. Elas certamente contribuíram para aumentar muito minha paixão pelo vinho. Impressionante o nível de abertura e transparência em todas as etapas dos processos. Nada foi proibido fotografar, filmar, perguntar e debater. O visível amor pelo vinho nas pessoas que nos receberam (casal proprietário na Quintarelli e a Sra. Svetlana Grif na Ornellaia) contribuiu bastante.
Os produtores escolhidos no Chianti (após consultas feitas em restaurantes, hotéis, sommeliers e lojas de vinhos) foram a Cantalici em Gaiole In Chianti e a Colle Bereto de Radda In Chianti.
Nessas visitas foi maravilhoso poder ver os esforços que fazem na busca do selo de vinho “biológico”.
Cheguei ao ponto de perguntar diretamente para um desses produtores quais eram os insumos químicos utilizados e ele simplesmente abriu uma porta onde estavam armazenados e disse: “esse uso para matar algumas pragas que surgem e esse como conservante”. Na minha análise não era importante aprofundar esse tema; mas a normalidade e transparência absoluta me encantaram.
Todos destacaram a obrigatoriedade de acompanhamento do processo inteiro, todas as etapas, e especialmente o momento certo para o engarrafamento e início de vendas. Alguns com mais de 10 anos de processo com nos grandes amarones e outros com 4 a 5 anos. Os vinhos não nascem prontos e precisam de cuidados em todas as etapas, sem datas previamente estabelecidas. A dependência do clima e tempo nos obrigam a agir dessa forma.
Irei aprofundar as visitas em três artigos, um para cada região, mas desde já registro como foi prazeroso ver e sentir o amor e cuidado que possuem com o vinho, a atenção que dedicam a tudo que cerca o processo de fabricação e como transformam a uva nesse néctar delicioso e apaixonante.
Belo início. Ansioso aguardo pela continuação.
Abraços
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Parabéns amigo Jair, aguardo ancioso pelo restante da matéria.
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Muito bacana essa abertura, Rodrigo! Jair é um confrade especial, homem culto, bem educado, profundo conhecedor (embora alegue o contrário) e é sempre um prazer ler matérias expontâneas e verdadeiras como essa. Aguardo ansioso pelas próximas. Abraço e parabéns!
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Acompanhando todos os detalhes! Parabéns ao Jair e Sitta! Muito bom blog!
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Sitta, acho que você descobriu um grande colaborador. Que texto bem escrito, Jair! Parabéns e já estou esperando as outras postagens.
Um abraço
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Parabéns Jair e xará. Já estou ansioso pelos próximos capítulos
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Excelente amigo!
Essa matéria muito agradável e informativa, com belas imagens, parece coincidir com a essência do blog: é vinho, vida e viagem na essência!
Acho que foi uma “contratação” de peso: um grande colaborador, igualmente expressivo no Vivino e que também sigo!
Teu blog está cada vez melhor, Rodrigo!
Um grande abraço
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Cade o resto? Cade o resto? Cade o resto???
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Em breve Haroldo!! Prometo
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Parabéns pelo texto, Jair!!! Saúde!!!
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