Olá,
Como falamos no Post anterior, no dia 11 de junho, no restaurante El Tranvia do Itaim, realizamos mais um evento do Blog!
O tema escolhido desta vez foi uma degustação de vinhos ícones das 3 principais regiões produtoras da Argentina: Salta, Mendoza e Patagônia, exatamente para comparar as tipicidades de cada terroir. E para entender as essas diferenças provocadas pela mudança de clima, altura e solo, postamos anteriormente a parte 1 que trouxe todas as características das regiões produtoras desse país. O link da parte 1 está a seguir:
Desafio Mendoza x Patagonia x Salta – Parte 1
A degustação foi limitada a 10 pessoas e serviu 10 vinhos ícones das regiões ao custo de R$ 630 por pessoa com jantar completo incluso.
Entrada:
Como Welcome Drink servimos o espumante Brut da Cadus (N.V.), que na minha opinião está entre os melhores da Argentina. Trata-se de um corte Malbec (70%) e Pinot Noir (30%) com graduação alcoólica de 12,5% e cor amarelo âmbar, perlage fina e bem delicada. No nariz flores brancas e notas de tostado e em boca tem boa acidez e final intenso.
O branco da noite foi um vinho de produção limitadíssima de apenas 300 garrafas feito pela Viña Alícia, o Agatha Galatea 2013 que é produzido de uvas Picolit, originária da Itália e seu nome deriva da pequena produção de grãos por cacho (um décimo de outras variedades) devido à baixa fertilidade de suas flores. Com delicados aromas que lembram o mel e pêssego branco, em boca tem bom volume com notas de amêndoas e pêssego. Harmonizou muito bem com a salada.
O primeiro tinto da noite, o Trapiche Iscay 2008, foi servido sozinho para “limpar o paladar” e foi eleito como o segundo melhor vinho da noite. Uma ótima surpresa visto que eu havia provado a safra 2011 há menos de uma semana e tinha ficado levemente decepcionado. Um corte de 70% Malbec e 30% Cabernet Franc no auge com aromas e notas de fruta em compota e largo final.
1º Flight:
No primeiro flight servimos um vinho de cada região para iniciar as comparações, acompanhados pelas carnes do prato principal.
Chacra Trinta y Dos 2011 (Patagônia): Este 100% Pinot Noir é um dos principais vinhos da Patagônia e talvez o melhor e mais famoso Pinot Noir da Argentina. Passa 24 meses em carvalho francês (50% novo) e tem muito mais corpo que os vinhos desta cepa. Na avaliação geral foi o terceiro da noite. O melhor PN que já provei.
Pulenta Finca La Zulema 2010 (Mendoza): um dos meus favoritos na Argentina e com este 2010 já provei todas as safras. Um corte de 50% Malbec, 40% Cabernet Sauvignon e 10% Merlot com passagem de 24 meses em carvalho francês. Após uma hora de decanter ainda estava fechado e foi evoluindo em taça. Grande vinho.
Yacuil 2013 (Salta): mostrando toda a potência de Salta, esse vinho especial é um corte de dois vinhedos de Malbec de duas vinícolas distintas (e terroir bastante diferentes) sendo 50% das uvas Malbec do vale de Cafayate, propriedade da vinícola Yacochuya e 50% de uvas Malbec de Molinos, de propriedade da Bodega Tacuil. Produção limitada de 6.000 garrafas com enologia de Marcos Etchart e Raúl Dávalos.
2º Flight:
No segundo flight foram servidos três vinhos 100% Malbec (um de cada região) para tornar a análise ainda mais interessante e precisa. Também harmonizados por um corte de vacio.
Noemia Malbec 2010 (Patagônia): O grande campeão da noite, inclusive como meu voto como primeiro colocado. Um Malbec elegante com 14% de graduação alcoólica, com passagem de 21 meses em carvalho francês e aromas de frutas negras e especiarias, taninos aveludados e final elegante e prolongado.
Nosotros Malbec 2013 (Mendoza): Nessa safra tem expressivos 99 pontos de James Suckling. Uvas de Gualtallary (Vale do Uco) com passagem de 16 meses em carvalho francês (80% novo) e 14,6% de graduação alcoólica. Uma verdadeira bomba de frutas no aroma e palato com notas de canela e tabaco. Final potente e frutado mas também ainda precisa de alguns anos em garrafa.
Colomé Altura Máxima 2012 (Salta): o mais caro da degustação, custa mais de R$ 1.200 por aqui, estava na minha Wish List desde 2018 e tem 96 pontos de Robert Parker. Este 2012 é a primeira safra de um vinhedo plantado em 2007 a mais de 3.000 metros acima do nível do mar. O vinho passa 24 meses em carvalho francês e mais 12 meses em garrafa e 15,0% de graduação alcoólica. Apresenta toda a tipicidade da região com aromas florais e notas argilosas em boca. Vai evoluir muito, talvez o que estava mais “jovem” na degustação.
E para fechar o evento, nossa sobremesa foi acompanhada por um Rutini Encabezado de Malbec 2014, que harmonizou muito bem com as tortas de doce de leite e chocolate.
Fiquem atentos aos próximos eventos e sigam-nos no Instagram!
Imenso prazer ter participado desse evento grandioso, foi sem dúvida alguma um grande sucesso.
Parabéns pela organização impecável.
Que venham os próximos!
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Um privilégio ter participado de um evento tão bem cuidado e interessantíssimo no aprendizado dos vinhos argentinos! Excelente! Parabéns Sitta!
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Obrigado pela presença Toni!!
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Parabéns pelo evento, Sitta. Impecável organização, serviço perfeito e aula de “enologia aplicada” muito instrutiva!
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Muito obrigado pela presença
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Sensacional! Perdi por questão de agenda. Não fosse isso estaria desfrutando desse belo evento que organizou. Sem dúvida com alguns dos melhores vinhos da Argentina. Parabéns e grande abraço.
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Que prazer ter participado dessa experiência Sitta! Um momento fantástico! Uma noite de muito aprendizado. Vida longa a Vaocubo.
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