Bodega Atamisque – Enoturismo entre Vinhedos.

Amigos,
Na próximo post da jornalista Jackie Javkin para o Blog, nos vamos transportá-los para San José- Tupungato, Mendoza (Arg). Lá será contada a história da Bodega Atamisque, com a ajuda de seus fundadores e do diretor-geral Jean-Edouard de Rochebouët.

Experiência Atamisque – enoturismo entre vinhedos.

A região de San José, à partir do século XVIII com a criação da fazenda Jesuítica San José, chegou a ter cerca de 19 mil hectáreas, que foi a pedra fundamental do povoado homônimo, surgido mais tarde e subdividido no século  XIX. No ano de 2006, apareceu em cena John Du Monceau e, com ele, a compra de uma finca de 700 hectareas, que teve mudanças notáveis em San José, na cabeceira do Valle de Uco.

Du Monceau é uma pessoa que aparenta ser mais alta, joga golfe. John superou os 70 anos de idade chegando nessa etapa da vida com a que muitos sonham, e outros tem medo.

Este empresário franco-belga, que durante décadas foi vice-presidente do grupo hoteleiro Accor para a América Latina começou a observar Mendoza onde, gostou do potencial do deserto transformado-o no mais frutífero dos pomares do mundo, um negócio arriscado. De sua mão surgiu a Atamisque, cujo nome corresponde a um arbusto próprio da região de Tupungato. Du Monceau plantou os vinhedos e construiu a vinícola em sociedade com o anterior proprietário da finca, o italiano Aldo Monteverdi.

Os arquitetos Eliana Bórmida e Mario Yanzón projetaram e desenharam a vinícola de acordo os desejos de John. Com linhas limpas, grande por dentro (5.000 m2), nada chamativa  por fora e integrada ao hábitat. Por exemplo, os tetos de pedra lascada trazida de San Juan, como também as outras pedras nas paredes largas e nas tonalidades segundo à terra que a contem, na altitude de 1.300 metros. É uma arquitetura sem detalhes vanguardistas mas é, por sua vez, revolucionaria, porque nunca se viu nas bodegas uma estrutura com teto de duas águas.

Suas uvas são provenientes de seus próprios vinhedos (125 hectares plantados), localizados 1.300 metros acima do nível do mar e, de pequenos produtores (com vinhedos de mais de 90 anos), de quem compram a produção.

Os vinhedos são manipulados para atingir as virtudes do terroir, com rendimentos reduzidos, a fim de obter uma alta tipicidade varietal.

Além do clássico Malbec, aproveitaram o clima fresco da região para desenvolver o Chardonnay, Sauvignon Blanc, Viognier, Pinot Noir, Merlot, Cabernet Sauvignon, Petit Verdot e Cabernet Franc; varietais que exaltam suas qualidades quando cultivados nestas condições climáticas.

Tive  a oportunidade de entrevistar, durante minha passagem por  Mendoza, o diretor geral da vinícola, Jean Edouard de Rochebouet, que nos comentou sobre o terroir: “é uma relação entre variedades, solo, clima, que junto com o talento do homem é indispensável para elaborar vinhos complexos”. O distrito de San José, departamento de Tupungato, é um dos mais destacados da Província de Mendoza, onde se encontra a combinação de dias ensolarados e noites frescas, necessários para obter uma concentração perfeita de cores, aromas e taninos suaves, características que permitem elaborar vinhos de guarda.

FOTO JEAN

O vinhedo está localizado em uma encosta que vem da Cordilheira, a 1.300 metros acima do nível do mar. Possui uma interessante mistura de solo aluvial, com substrato rochoso e camadas superiores de textura arenosa.

A provisão de água para irrigação é feita a partir de um manancial cuja nascente corresponde à fusão do gelo das montanhas e perfurações subterrâneas, destacando-se pela qualidade e pureza.

Lembremos que tecnologia aliada a tradição é o slogan que eles têm e seu denominador comum, onde a qualidade é priorizada em todas as suas instâncias. Desde a matéria-prima, com um rendimento inferior a 3.000 kg/hectare, até o longo processo de produção que começa em aço inoxidável para fermentação do mosto a temperatura controlada e termina, em alguns casos, com envelhecimento em barricas de carvalho francês, pelo tempo necessário para que certos vinhos sejam elegantes e complexos.

Existem três linhas de vinhos (também identificadas com nomes de vegetais locais): Rowan, aquela com os produtos mais jovens e mais frescos; Catalpa é a faixa Premium e Atamisque, a superior ou ultra Premium, como a chamam.

Independentemente das preferências de cada um, existe uma qualidade comum a todos os vinhos desta vinícola, ou seja, são produtos coerentes, bem estruturados, elegantes, pensados ​​com critérios tradicionais e ao mesmo tempo modernos em sua expressão. Não há interrupção qualitativa entre uma linha e outra; sim, há uma continuidade que os liga. Se você experimentar o Viognier de Serbal, o Pinot Noir de Catalpa, a mistura Catalpa (que combina Cabernet Franc com Merlot, além de toques de Malbec e Cabernet Sauvignon), o Malbec de Atamisque, produzidos pelo enólogo mendocino Phippe Caraguel, todos tem um estilo marcado pelo Malbec, Phippe é um formidável mas discreto.

Alguns destes vinhos podem ser apreciados no Rincón Atamisque, o restaurante deste pequeno universo, aberto ao público, com mesas ao ar livre para dias ensolarados. A estrela aqui é a truta, que garante frescura e vem da piscicultura existente na propriedade.

A Experiência Atamisque inclui programas guiados a cavalo na propriedade, passeios em 4×4, caminhadas, passeios de bicicleta e golfe no próprio campo. Então, tudo o que você precisa fazer é se retirar para a esfera privada de um dos seis quartos da pousada. Os últimos foram criados para aproveitar os prazeres da vida rural de Mendoza: sol, paz, bom tempo, paisagens de vinhedos e frutas, com vistas incríveis da Cordilheira dos Andes, pôr do sol inesquecível e noites de céu limpo, cheias de estrelas.

O design do hotel é do mesmo escritório de arquitetura que fabricou a vinícola, e Chantal é responsável por seu cenário despojado. São áreas muito amplas, 67 m², onde se destacam os recursos essenciais de uma pousada que se orgulha disso. Eles têm piso aquecido. No exterior, uma pequena piscina com hidromassagem convida você a relaxar ao pôr do sol com vista para o Cordón del Plata na mais absoluta das fotos.
Sem dúvida, a bodega Atamisque é uma experiência e tanto, que nos leva a desfrutar dos prazeres da vida, como vinho, natureza e diferentes atividades recreativas. Toda uma experiência de enoturismo da Bodega Atamisque.

Saúde!

Contato
Localização da vinícola: Ruta Provincial 86 km 30, M5561 San José, Tupungato, Mendoza
Para visitar a vinícola, é necessário reservar com antecedência.
Tel: (0261)15203-7870 ou gv@atamisque.com
Restaurante: Rincón Atamisque:
Cel: (0261) 15 699-1136 ou rincon@atamisque.com
E-mail de exportação: cristiane.lopes@worldwine.com.br
Site de exportação: https://www.worldwine.com.br/
Por Jackie Javkin
– Productora & Prensa Gastronómica.
– Conductora & Productora de Contenidos del Programa radial Recorriendo Sabores (martes de 20 a 21hs por FM 89.7 Radio Porteña o sino baja la app desde cualquier dispositivo desde Bs.As. al mundo).
– Organizadora de las Ediciones de la Wine Fest en Bs.As. – Argentina. (Feria de Vinos, Destilados & Gastronomía).
– Consultoría en Marketing & Comunicación.
– Asesoramiento & Diseño de Cartas a Restaurantes, Bares & Vinotecas.
– Periodista Free Lance. 7 años Comunicando.
– Socia de la Asociación Argentina de Sommeliers.

42 comentários em “Bodega Atamisque – Enoturismo entre Vinhedos.

  1. Hermosa Nota Jackie. Es hermosa la bodega, te hace desconectar de todo, realmente es un disfrute la bodega Atamsique. Mi preferido de es el Catalpa
    Saludos amig@s, y esperemos poder viajar prontamente luego que pase el conoravirus.
    Saludos desde Madrid.

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  2. Gracias Jackie Javkin por ser la embajadora Del vino Argentino en Brasil, le haces muy bien a la industria vitivinicola y al mundo del vino con estos artículos. Gracias por tomarte el tiempo y escribir de los diferentes proyectos, tanto pequeños como de gran escala.
    Que sigan los buenos artículos y las buenas prácticas.
    Un cordial saludo a todos hermanos brasileros.

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  3. Mi preferido de Atamisque es el Catalpa. Felicidades por el artículo Jackie y gran sitio de la vitivinicultura Rodrigo. Un gusto encontrar este sitio por Jackie, que sigan estos tipos de artículos que nos cuenten desde adentro la historia.
    Salir!

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