O Terroir Paulista e seus Vinhos e Vinícolas.

Por Ivan Ribeiro:

Quando falamos sobre Terroir Mineiro, descrevemos bem como a Serra da Mantiqueira tem providenciado e proporcionado um ambiente de extrema qualidade para a produção de vinhos de alta gama, além de diversos outros produtos que são produzidos na região, tais como: queijos, azeites, cafés e muito mais.

O Terroir Mineiro e seus Vinhos e Vinícolas

São as culturas do Brasil se aflorando de modo evidenciado e traduzindo suas regiões em encantos e delicias regionais.

Atrelado à tudo isso, temos o acompanhamento da EPAMIG, que contribuiu muito com a evolução de toda essa produção com a introdução do sistema de dupla poda, melhorando o ciclo da videira para uma colheita de melhor qualidade e produção de frutos de excelência.

Agora iremos falar de São Paulo e também do Rio de Janeiro, onde encontraremos diversos projetos arrojados de vinícolas com produção de vinhos de alta gama, além de todo avanço do enoturismo da região com festas, Rota do Vinho e Rota da Uva. São espaços grandiosos, com restaurantes, passeios, piqueniques, cursos, estágios e muito mais.

Em São Paulo já contamos com uma quantidade significativa de vinícolas e projetos, que merecem a visitação de todos, visando conhecer a região e principalmente seus belos vinhos produzidos. Aí podemos destacar tanto a região da Serra da Mantiqueira, como São Roque, Ribeirão Preto e Ribeirão Branco. Já no Rio de Janeiro, a única vinícola existente no Estado é a Vinícola Independência.

O crescimento de São Paulo no mundo do vinho é tão vertiginoso, que alguns comparam a região da Serra da Mantiqueira, onde existem lindos projetos para o enoturismo, como se fosse a Napa Valley Brasileira, fazendo uma alusão a região de Napa, que fica ao Norte da Califórnia e sua proximidade com São Francisco. Muito embora, seja apenas um sonho, estamos no caminho certo para chegarmos a esse patamar de cultura e exploração do enoturismo.

Napa Valley

Essa região da Serra da Mantiqueira, Triângulo das Serras e Espírito Santos do Pinhal, comporta uma extensão de 320 quilômetros com picos de altitude que variam de 1.200 a 2.800 metros. Lá encontramos belíssimos vinhedos nos vales e encostas da serra, com grande amplitude térmica e solo vulcânico, que é de grande benefício para a produção de uvas em geral. Agregando-se ainda toda produção de alimentos e bebidas de qualidade, como de queijos, embutidos, azeites e cafés especiais, que corroboram com todo o potencial real para a exploração do turismo em massa nessas regiões.

Terroirs do Nordeste e seus Vinhos e Vinícolas

Vamos então falar das Vinícolas de São Paulo e Rio de Janeiro, explorando-as, mesmo que de maneira distante.

VINÍCOLAS DE SÃO PAULO

Vinícola Guaspari:

Uma das principais e mais conhecidas vinícolas do País. Possui uma estrutura grandiosa, com vinhos de extrema qualidade, dos quais tive a oportunidade de degustar uma vastidão deles e em diferentes safras, destacando-se tanto na sua linha de entrada de brancos e tintos, como nas suas linhas mais superiores.

Hoje ela possui uma propriedade com 50 hectares de parreirais, localizada em Espírito Santo do Pinhal, que fica a 190 km da capital de São Paulo, preservando ainda um pouco da paisagem cafeeira, que casa perfeitamente com a produção de vinhos.

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Uma vinícola fantástica, de paisagens deslumbrantes, que oferece visitas guiadas pelo enólogo com direito a uma detalhada explicação sobre todos os processos de produção e degustação dos vinhos.

A vinícola nasceu em 2006, quando os proprietários resolveram plantar uvas na fazenda que cultivava café, implantando castas francesas. Sua primeira colheita foi em 2008, com apenas 30 garrafas produzidas num método 100% artesenal. Hoje em dia, a produção é muito maior com uma área muito vasta da vinícola sendo cultivada. A produção de diferentes vinhedos fazem com que cada parcela desses diferentes terroirs seja vinificada de modo separado. Trabalhando com barricas de carvalho francês das marcas Taransaud, François Frére e Ermitage, tanque de concreto oval, tanques de inox, linha de produção e engarrafamento toda italiana e laboratório próprio para controle de qualidade.

Com 1000 à 1.300 metros de altitude, uma amplitude térmica em torno de 10ºC à 12ºC entre as temperaturas diurnas e noturnas, solo vulcânico, granítico, seco e com boa drenagem, atrelado as boas condições de produção, tecnologia e amor ao vinho, somente poderiam dar bons frutos e excelentes resultados. O que se refletem nos diversos prêmios obtidos pela vinícola ao longo dos anos.

A linha da Guaspari hoje conta com vários tipos de vinhos, tanto com passagem em tanques de inox, como com passagem por barricas. São eles: Vale da Pedra Branco (Sauvignon Blanc), Guaspari Rosê (Syrah), Vale da Pedra Tinto (Syrah), Guaspari Sauvignon Blanc Vista do Café, Guaspari Viognier Vista do Bosque, Guaspari Chardonnay Vista do Lago, Guaspari Syrah Vista da Serra, Guaspari Cabernet Sauvignon – Cabernet Franc Vista da Mata, Guaspari Syrah Vista do Chá, Pinot Noir e Guaspari Cabernet Franc, além de dois tipos de cafés que ainda são produzidos na Vinícola.

Vinícola Marchese Di Ivrea:

A Vinícola Marchese fica localizada em Ituverava, e tem como carro chefe a produção da casta Sangiovese e Moscatto Giallo. É uma pequena propriedade, de ambiente simples e acolhedor, onde prioriza o trabalho de receptivo, com a festa da vindima realizada todos os anos, onde são degustados os vinhos, as Grappas, queijos, caponata e pães italianos. Uma festa Italiana no Brasil, sem dúvida.

Possui um sistema de visitação guiada que inclui passeios entre os parreirais, à área de vinificação, alambique de grappa e degustação harmonizada dos rótulos produzidos no local.

Uma das belas novidades da Vinícola foi o lançamento do primeiro espumante de uvas Sangiovese do Brasil, denominado Principe di Ivrea é um rosè brut; bem como, lançou, no mesmo período o Principessa di Ivrea, um moscatel suave proveniente da uva Moscato Giallo.

Vinícola Terrassos:

Está localizada na cidade de Amparo, região da Serra da Mantiqueira, à 150 km de São Paulo, numa região de belas paisagens e restaurante para degustar boas comidas.

A vinícola nasceu em 2003 quando foram cultivadas mais de 20 castas diferentes em sistema de experimento. Em 2010 foi concluída a obra da nova cantina da vinícola e deu-se início a elaboração de seus vinhos de qualidade, contando hoje com duas linhas de vinhos: a 4 Estações e a Grandes Vinhos.

A 4 Estações é uma linha de vinhos finos e exclusivos, elaborados apenas em anos excepcionais, através da segunda poda, com colheita no inverno, onde o clima é moderado, com dias ensolarados e grande amplitude térmica, ideais para o cultivo de uvas viníferas, apresentando vinhos finos, elegantes e com tipicidade única, com passagem por barricas de carvalho francês.

Já a linha Grandes Vinhos é uma linha mais simples, de boa qualidade, com aromas e sabores em preços acessíveis. Os vinhos dessa linha são: brancos de moscatel, rose, espumante moscatel, vinhos demi-sec, vinhos licorosos tipo porto, grappa e vinhos secos.

O local fica a 850 metros de altura proporcionando uma incrível vista, que combina perfeitamente com as massas servidas no local, além do vinho da casa, que possui um ótimo custo-benefício. Contando, ainda, com passeios guiados pelas parreiras, produção dos vinhos e degustação dos rótulos produzidos na vinícola. A vinícola ainda oferece cursos técnicos de harmonização de queijos e vinhos.

Casa Verrone:

Na elegância da Serra da Mantiqueira, encontramos também uma bela vinícola que tem ampliado seu aparato de atendimento ao cliente e seu receptivo, com implantação de  um restaurante. Um sonho do proprietário, Marcio Verrone, que com hoje conta com mais de 12 hectares cultivadas de videiras.

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Com ótimos vinhos e aumentando as opções de atendimento ao cliente, usa da dupla poda para produção de vinhos de qualidade, como os Syrah Speciale, que passará a ter o Gran Speciale com 24 meses de barrica. Fora as novidades como o Sur Lie de Sauvignon Blanc e o vinho branco da casta Viognier. Além do espumante Natural Brut feito com Chardonnay, o vinho branco de Sauvignon Blanc e o Branco Speciale de Chardonnay, o Rose de Syrah, Syrah sem passagem em barrica, o Gran Speciale de Cabernet Sauvignon com Cabernet Franc.

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O clima de São José do Rio Pardo/Itobi – SP, onde está localizada a Vinícola, é tropical de altitude. Com amplitude térmica, já tendo registrado a maior máxima de 36,4 °C em 2003, e a mínima foi de 0,5 °C, em 1994. No entanto, a média das temperaturas máximas varia entre 25 °C e 30 °C durante o ano, e as mínimas cai para próximo de 10 °C no inverno. As chuvas se concentram na primavera e verão (entre outubro e março), sendo janeiro, em média, o mês mais chuvoso. O inverno é seco e apresenta grande amplitude térmica.

Quinta do Olivardo:

A Quinta do Olivardo é um sonho que se tornou realidade, vinda de uma situação de desemprego para um sucesso maravilhoso. Contando com produção de vinhos próprios, além de servir outros vinhos no seu famoso restaurante de culinária Portuguesa e por fazer o famoso pastel de Belém e servi-lo quentinho para os clientes.

Além disso, o espaço conta com parreirais, com produção artesanal de um dos melhores vinhos da região, feitos à partir das castas Isabel, Niágara Branca, Niágara Rosada e Violeta. Sem contar com o destaque da produção da uva Lorena, que é desenvolvida pelos pesquisadores da Embrapa Uva e Vinho, de Bento Gonçalves (RS), produzindo um vinho que tem harmonização perfeita para acompanhar pratos à base de bacalhau.

 

Vinícola Góes:

Na Estrada do Vinho, onde temos a Rota dos Vinhos, que passam por diversas vinícolas, restaurantes e demais atrações da região, seguimos na estrada e encontramos a vinícola Goés. Uma Vinícola que guardo um carinho muito especial. Não só pela simpatia pela qual fui recepcionado quando lá estive, além das lembranças gustativas e emocionais guardadas em mim desse dia.

Uma linda vinícola, com um receptivo maravilhoso, atendimento perfeito, restaurante com comidas deliciosas e uma vista fascinante, sem contar com a simpatia de um dos donos, o Fabinho Góes, enólogo e responsável pelas belezas gustativas da vinícola. Cotando com um excelente trabalho de estágios da Escola de Enologia de São Roque, é uma das mais tradicionais de São Paulo e também uma das mais conhecidas.

Os vinhos da Góes são produzidos através de uvas de vinhedos cultivados em São Roque, Minas Gerais e na Região da Campanha Gaúcha e Vale dos Vinhedos: Góes Tempos Philosophia Cabernet Franc Reserva Safra 2017, Góes Tempos Míneres Syrah, Góes Tempos Pétalas Cabernet Franc Rosé, Góes Tempos Cabernet Sauvignon Seco, Trópicos Lorena, Góes Tempos Cabernet Sauvignon demi-sec, Góes Tempos Cabernet Sauvignon Suave, Casa Venturini Chardonnay, Casa Venturini Sauvignon Blanc, Casa Venturini Le Bateleur, Casa Venturini Merlot, Casa Venturini Cabernet Sauvignon, Casa Venturini Tannat, Gallo Rosso Cabernet Sauvignon, Galo Rosso Chardonnay, Gallo Rosso Merlot, Gallo Rosso Cabernet Sauvignon, Tannat e Merlot Demi Sec, Gallo Rosso Cabernet Sauvignon, Tannat e Merlot Suave. A vinícola ainda tem uma linha de espumantes (demi-sec, suave, brut e brut rose), frisantes, sucos, grappas e coolers.

A Vinícola realiza passeio guiado, degustação, adega com loja para degustação e compra dos vinhos e souvenir. A Vindima da Góes acontece sempre nos meses de Janeiro e Fevereiro, que é um evento onde é possível comprar ingressos que incluem almoço, degustações, colheita no pé e a famosa pisa das uvas.

Vinícola Palmeiras:

A Vinícola Palmeiras é uma vinícola com uma bela história, que remete ao início da década 20, quando lá começaram os plantios das primeiras vinhas da região.

Hoje com uma marca concretizada na região e com produção de algumas linhas de vinhos, conforme citaremos em seguida, realiza atendimento no seu restaurante, degustação dos vinhos, passeio nas vinhas, dentre outras atrações da vinícola, como o museu onde estão os antigos equipamentos.

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Sua linha de vinhos se divide em: Linha Tradicional 750 (com vinhos tintos seco e suaves, brancos seco e suave e vinho rose suave), linha Tradicional 880 (que segue a mesma linha da 750, só muda no volume dos vinhos que passam para garrafas de 880 ml, além da linha de garrafões). Linha Reserva com garrafas de 720ml, tinto suave, tinto seco das uvas bordô, branco seco, branco licoroso e rosado licoroso. Além da produção de sucos.

Bella Quinta:

A vinícola Bella Quinta, em São Roque, tem uma história de divisões e construções, culminando com os avanços dos últimos anos.

Com o conceito de “vinhos feito a mão”, tem todo o cuidado na produção e seleção dos produtos e das uvas colhidas. Tendo vinhedos com Merlot, Cabernet Sauvignon, Tannat, Cabernet Franc, Chardonnay, Riesling Itálico, Moscato, Bordô e Isabel.

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Tem vários vinhos secos e suaves, além de brancos e espumantes. A fermentação das uvas ocorre em tanques que permitem supervisionar e conduzir com precisão o nascimento dos vinhos. Após amadurecer em barricas de carvalho, são engarrafados e pacientemente envelhecidos até alcançar a harmonia de sabor e riqueza de aroma, característica dos vinhos Bella Quinta.

Outras Vinícolas:

Além das vinícolas acima citadas, podemos ainda encontrar em São Roque a vinícola Canguera, a Real D’Ouro, a vinícola Bella Aurora, dentre outras atrações da região.

Em outras regiões de São Paulo, como São Miguel de Arcanjo, Ribeirão Preto e Ribeirão Branco, temos outros projetos de viticultura.

Em Ribeirão Branco temos o Hotel Spa e Vinícola DAVO, onde são produzidos vinhos e espumantes de alta qualidade, além de vinhos brancos e vinhos roses. Já em Ribeirão Preto temos a Vinícola Terras Altas que lançou o primeiro vinho produzido nessa região, chamado Entre Rios. E em Miguel do Arcanjo, temos a Vinícola Monte Alto, que além de vinhos, produz geleias de uva e licores.

Após traçarmos alguns locais do Roteiro dos Vinhos ou Rota dos Vinhos da Estrada do Vinho, em São Roque, vamos adentrar no ritual da Rota da Uva, em Jundiaí!!

O QUE É A ROTA DA UVA?

A Rota da Uva é formada pelos bairros da Colônia, Caxambú, Roseira, Toca e adjacências, em Jundiaí. Tudo isso por força da imigração italiana no passado da cidade, de onde se habituou ao cultivo da uva e na produção de belos exemplares de vinhos. Unindo-se as belas paisagens da região e demais delícias, tais como: geleias, pães, doces, bolos caseiros, massas, chocolates, cervejas artesanais, artesanato e demais riquezas da região.

Nessa festa, o que não pode faltar são vinícolas e lojas especializadas em vinhos. A lista é grande, e destacamos a vinícola Castanho, que fica à 55km de São Paulo; Adega e Cervejaria Galvão, fundada em 1950, com vinhos, comidas e cervejas artesanais; Vila Brunholi, que produz vinhos, licores, cachaças, suco de uva, vinagres e comidas; Adega do Português produz vinho, licores, conhaques, jurupinga, cachaça, tequila, dentre outros destilados; Adega Beraldo di Cale, com produção de vinhos, licores, queijos e massas em geral; Adega Marquesin, produz cerca de 6 mil litros de vinho, da uva Cursina, por ano; Adega Juca Galvão, com sistema de colha e pague, onde o cliente se serve diretamente dos parreirais para escolher os seus cachos de uvas, produz vinhos, licores, cachaça, suco de uva, queijos, salames e diversas frutas.

Além desses pequenos produtores, a festa tem diversas atrações que merecem a sua visitação. Não deixem de ir.

NOVOS PROJETOS DE VINÍCOLAS EM SÃO PAULO QUE SE DESTACAM:

Além de toda essa grandeza que relatamos, o mundo da viticultura de São Paulo cresce na mesma intensidade que ela desenvolve em seus arredores.

Três projetos chamam a atenção, são eles: Vinícola Terra Nossa, começou a produzir vinhos com uvas próprias em 2017, com a produção de várias castas e já engarrafado o rosê e o tinto de Syrah. Vinícola Ferreira, que está construindo um pequeno hotel boutique na propriedade. E a Vinícola Villa Santa Maria, a qual tenho maior vontade de conhecer, por toda beleza e charme que guarnecem a arquitetura da mesma, com um lounge altamente bucólico e agradável para se sentar e degustar um belo vinho.

Claro que existem muito mais locais e projetos sendo desenvolvido na região. No entanto, acredito que essas sejam as principais atrações do mundo da viticultura da Região de São Paulo, o que conta com diversos Terroirs e cultura envolvida nisso tudo.

RIO DE JANEIRO E SUA VINÍCOLA EXCLUSIVA:

Vínicola Inconfidência: a única do Estado do Rio de Janeiro.

Que beleza e que encanto, ver que não só da Guanabara, nem da Lagoa vamos ter as saudosas lembranças do Rio de Janeiro. Posso dizer isso com certeza, já que, onde nasce uma semente do mundo vinho, outras logo surgirão. E para mim, que estou desbravando de modo virtual os diversos terroirs do Brasil, maior alegria não há em surgirem novos campos e cultivos.

E assim descobrimos a Vinícola Inconfidência, localizada na Região Serrana do Rio de Janeiro, em Secretário, município de Petrópolis – Itaipava. De onde já saem grandes vinhos para o mercado, com a sua primeira produção comercial datada de 2013. Com sistema de dupla poda, vinhos de inverno, agregando e buscando das vinhas o que elas produzem de melhor.

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Hoje em dia, a vinícola tem 20 mil pés de diversas castas, dentre elas, as tintas Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Merlot e Syrah, e a branca Sauvignon Blanc. Surgindo, na Serra da Mantiqueira Fluminense, um projeto arrojado e com grande potencial para destaque extremo no nosso cenário atual, não só pelas condições já expostas por diversas vezes que fazem parte da Mantiqueira, como solo e amplitude térmica, além da altitude, temos a paixão pelo vinho do produtor que cria esse projeto sensacional.

Com a previsão de aumento de produção dos seus vinhos, a vinícola hoje conta com 5 rótulos no mercado para venda, que são os correspondentes as castas cultivadas. E o legal disso tudo, são os nomes da cada vinho: Luisa (Sauvignon Blanc), Matheus (Cabernet Franc), Rafael (Syrah), João Paulo (Merlot) e Gustavo (Rubro), que correspondem aos nomes dos 5 netos do fundadores da Vinícola.

A vinícola conta com uma área de degustação pequena. Mas, dá acesso aos visitantes de degustarem os seus vinhos e conhecer mais sobre todo o processo de fabricação e a história da vinícola. E 2019 foi um grande ano para vinícola, que pode comemorar o cultivo, colheita, produção e engarrafamento dos vinhos, tudo dentro da própria instalação.

Considerações finais:

E assim falamos sobre Terroir de São Paulo e Rio de Janeiro, com seus encantos e magias e alegrias de ver nascer tanta coisa boa no nosso Brasil. Dupla poda, vinhos de inverno, vinhos de altitude, tecnologia e muito mais.

Claro que falamos de modo sucinto e resumido. No entanto, buscamos englobar tudo de interessante e principal de cada região desse universo do vinho, aqui mencionado

Ivan Ribeiro do Vale Junior.
Advogado / Sommelier / Professor / Escritor
WSET / ISG / FACSUL / UFRGS
@duvalewinetasting

18 comentários em “O Terroir Paulista e seus Vinhos e Vinícolas.

  1. Que maravilha de artigo Ivan!
    Fiz uma verdadeira viagem em nossos Terroirs Brasucas!
    Quanta coisa boa temos e nem precisa ir muito longe! Valorizemos mais nosso produto, e o amigo está de parabéns em levantar e divulgar nossa bandeira!
    Showwwww!!!!

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    1. Muito obrigado meu amigo. Aproveita e leia os outros artigos sobre Terroir Mineiro, Catarinense, Baiano, do Cerrado, além de Novos Terroris do Nordeste.
      Tenho feito uma viagem pelo Brasil e apresentando nosso Brasil e forma linda e com muitos vinhos.
      Abraços e obrigado pelo comentário.

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  2. Belo artigo @⁨Ivan Ribeiro⁩. Detalhado. As vinícolas Guaspari e Casa Verrone tem destaque especial na região da Mantiqueira, outro dia assisti uma live sobre o enoturismo na Mantiqueira… O receptivo deles é bastante elogiado.

    A Quinta do Olivardo e Vinícola Góes eu já conheço. #ficasuadicadotannatGoes, certo? 😉

    Delícia passear pela Quinta do Olivardo e o pastel de Belém deles é realmente imperdível. Eles são uma réplica de uma região de Portugal, Agueiros.

    Gostei muito do artigo. Detalhado, perspicaz, patriota. Abraço.

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    1. Valeu Fabi, muito obrigado pelos comentários. Realmente o Tannat da Vinícola Góes é diferenciado, além de todos os vinhos produzidos por eles que tem um acompanhamento muito delicado e dedicado pelo Fabinho Góes. Abraços.

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  3. Bela matéria, a Bellaquinta tbm produz vinhos orgânicos, vejo que não são tão divulgados, os conheci na Feira de Vinhos Naturais. Abraço e muito boa essa série sobre os diferentes terrois do Brasil.

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    1. Obrigado, Walzinha!! Eu li sobre isso realmente. Mas, acabei não citando no artigo. Mas, em breve ele terá que ser atualizado. Muita coisa nova surgindo em Indaituba e região de Jundiaí. Sem considerarmos os novos avanços da São Roque e de tantas outros projetos já existentes em São Paulo. Obrigado!! Abraços.

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  4. Eu sou do RJ e vivo em SP a 20 anos onde minha esposa (italiana) e filha moramos. Pra mim a alegria de quem ama vinho e se extasia com a promissora Uruguai, a requintada Argentina e a poderosa Chile e se destacam no mudo Vinícola e se apoderam cada vez mais do mundo, só me faz enfatizar nossa capacidade de desafiar as barreiras que foram impostas pelo mundo. Sou um desbravador por natureza, da que espanhol e o que dizer de quem produz a Garnacha e Tempranillo. Nosso destino, sem desabonar os irmãos norte Americanos, africanos, australianos, é de que não conseguiram manter seus mercados por muito tempo. Lógico que Champagne, Rioja, Bourdeaux, Napa, Porto serão o que sempre foram bem como várias outras regiões do mundo, mas seremos muito mais reconhecidos pela nossa capacidade criativa e astuta para levar mais aromas, mais nuances que as uvas, estas sem fronteiras podem produzir e encantar … Ótima reportagem

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    1. Muito obrigado, Alex por seus comentários. Realmente o Brasil vem demonstrando uma capacidade enorme de desenvolver excelentes vinhos em toda sua amplitude. Que venham cada dia, vinhos melhores e que possamos mostrar para todos o mundo que não devemos nada para eles. Abraços.

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